As piscinas residenciais são fáceis de encontrar, sejam em casas, prédios, chácaras e requerem atenção para estarem sempre prontas para o uso.
O tratamento destas piscinas varia de acordo com a intensidade de seu uso.
A utilização de piscinas nos últimos anos tem tido um notável crescimento por conta dos benefícios físicos e psicológicos que esta atividade proporciona, além é claro de ser uma excelente opção de lazer para os dias mais quentes.
O crescente interesse pela piscina tem gerado investimentos cada vez maiores no desenvolvimento de equipamentos e acessórios, que tornam ela cada vez mais tecnológica e muito além de uma simples opção de lazer, já que algumas possuem hidromassagem, cascata, aquecimento, cromoterapia e equipamentos que, em complemento ao cloro auxiliam na desinfecção da água.
Além do tratamento físico (limpeza, filtragem, aspiração da sujidade depositada no fundo) é imprescindível realizar o tratamento químico correto e regular de modo a que a piscina esteja sempre em perfeitas condições de utilização. Sem este tratamento, a piscina poderá representar um risco para a saúde e segurança dos seus usuários.
Para que isso não aconteça, existe uma variada gama de produtos químicos que vão desde os reguladores de alcalinidade, pH e de equilíbrio da água, aos clarificantes, oxidantes, algicidas e claro, o cloro, para a realização de um tratamento químico eficaz, de acordo com as seguintes funções:
Cloro Orgânico: Desinfetante, elimina os microrganismos e bactérias, que podem causar doenças.
Clarificante/decantador: Função de clarear e decantar a água da piscina.
Algicidas: Utilizado para combater e/ou prevenir o desenvolvimento de algas na piscina (água esverdeada).
Reguladores: Corrigem os parâmetros de alcalinidade, pH e dureza total.
Oxidante: Elimina matéria orgânica e recupera o brilho da água.
Limpa bordas: Limpas as paredes laterais da piscina, removendo a gordura depositada nas bordas sem fazer espuma em excesso.
A alcalinidade é a medida total das substâncias presentes na água, e capazes de neutralizar ácidos. Em outras palavras, é a quantidade de substâncias presentes na água e que atuam como tampão, que evitam variações do pH.
A alcalinidade total é medida em ppm (partículas por milhão) e o ideal para uma piscina é que se mantenha entre 80 ppm e 120 ppm; isso trará estabilidade ao pH e dispensará correções frequentes.
A alcalinidade total da água é representada pela presença dos íons de hidróxido, carbonato e bicarbonato. A alcalinidade ideal para água de piscinas é a de bicarbonatos, pois está na mesma faixa do pH ideal.
O pH da água é uma medida do seu equilíbrio total, ou seja, a proporção relativa de ácidos e bases na água. Se a água for muito ácida, ela corroerá o equipamento de metal e causará irritações na pele dos banhistas. Se a água for muito alcalina, poderá causar descamação na superfície da piscina e no equipamento de bombeamento, e tornar a água mais densa. Além disso, a alta acidez ou alcalinidade podem alterar a eficácia do cloro.
O pH é a medida de acidez ou basicidade da água.
pH = 7(neutro)
pH > 7 (básico)
pH < 7 (ácido)
O pH correto para piscinas está na faixa de 7,2 (pH do globo ocular) a 7,6, isto é, levemente básica.
Assim favorece a ação dos saneantes e o conforto dos banhistas. O pH desajustado provoca irritação da pele, dos olhos e mucosas; age ainda na turbidez da água e na ineficiência dos produtos saneantes utilizados para o tratamento, pois influi diretamente no meio onde ocorrerão as reações destes produtos.
Em pH acima de 8,3 se inicia o processo de transformação de bicarbonato de cálcio em carbonato de cálcio, que confere turbidez a água e provoca processos de incrustações.
pH Acima de 8.3
Deixa a água turva;
Provoca incrustações;
Prejudica a ação dos derivados clorados na água;
pH Abaixo de 4.74
Favorece a eclosão de algas;
Provoca corrosão;
pH ácido se torna irritante aos olhos, cabelo, pele e mucosa;
O pH pode interferir no processo de desinfecção dos derivados clorados.
A Dureza Total é a medida de sais de cálcio e magnésio existentes na água. Considera-se como faixa ideal valores entre 100 a 250 ppm. Em valores acima de 250 ppm se inicia o processo de manchas e incrustações que podem causar entupimento de filtros, tubulações e aquecedores. Já em valores abaixo de 100ppm a água se torna corrosiva, pode ocorrer o desgaste de rejuntes.
Para aumentar a dureza total, basta adicionar o produto Hidrocálcio. Para sua redução deve-se substituir parte da água.
É a soma de todos os compostos contendo Cloro (livre e ligados).
É o cloro que se combina com amônia ou outros compostos, produzindo as cloraminas. Nas piscinas o cloro residual combinado é indesejável por que dá odor desagradável à água (o conhecido "cheiro de cloro") e irrita a pele e os olhos. As pessoas susceptíveis podem ficar com as vias respiratórias irritadas.
É a quantidade de cloro que sobra após a oxidação da matéria orgânica e após a oxidação das cloraminas.
Quando se realiza a cloração da água, parte do cloro é consumido em reações com substâncias orgânicas e inorgânicas normalmente presentes na água da piscina e parte é consumido na destruição de microrganismos. Ao final desse processo deve restar um residual de cloro, o cloro residual livre, que protege a piscina contra novas contaminações. Faixa ideal 1ppm a 3 ppm.
O cloro é um agente sanitizante que, aplicado em piscinas, tem o objetivo de promover a proteção da água contra algas, microrganismos que podem causar doenças e oxidar matéria orgânica. O cloro deve ter aplicação constante e na medida certa para assegurar sua eficiência durante todo o período de utilização da piscina. É importante lembrar que o consumo de cloro aumenta por incidência solar, aumento do número de banhistas e pela alta temperatura da água.
É responsável pela estabilização do cloro, proporcionando resistência à ação solar e maior permanência na água. Faixa ideal entre 40 a 100ppm.
O ácido cianúrico reage com o composto de cloro para formar um composto mais estável que não se degrada tão facilmente quando exposto à luz ultravioleta. Em piscinas, o uso do ácido cianúrico na piscina é fundamental para uma redução na perda de cloro.
O volume de água da piscina é a base para determinar a dosagem correta de todos os produtos que serão adicionados na água, por isso é importante realizar o cálculo correto antes de iniciar o tratamento.
Confira abaixo uma tabela explicativa sobre como realizar o cálculo de volume de sua piscina.
Como calcular o volume de água?
Piscina Retangular - Comprimento x largura x Profundidade média
Piscina oval - Comprimento x largura x (profundidade média x 0,785)
Piscina Redonda - (Diâmetro x diâmetro) x (profundidade média x 0,785)
*Profundidade média - Soma da maior com a menor profundidade dividido por 2
O elemento filtrante retém a sujeira em suspensão mantendo a cristalinidade da água. Controlado por uma válvula, realiza basicamente as seguintes funções: Filtrar, aspirar, recircular, drenar, retro lavar e fechar.
A filtração consiste na retenção e remoção de partículas insolúveis que por qualquer razão chegam à piscina. A qualidade da filtração está relacionada com o menor tamanho de partículas que o elemento filtrante consegue reter – quanto menor as partículas retidas, maior a qualidade da filtração e, consequentemente, da água da piscina. Para assegurar a qualidade da água é muito importante que os filtros e bombas estejam corretamente dimensionados.